sábado, 28 de julho de 2012

CASACA DE COURO

Casaca de couro

Jackson do Pandeiro

Xô, xô, xô, xô
Casaca de couro
Cantando as duas na telha
Cantando as duas na telha.
(coro repete)

Parece um arapuá
Cheio de vara e algodão
O ninho de uma casaca
Não parece ninho não
Parece mais um os parceiros
Dos "pajáu" do sertão.

Em riba do pé de turco
Tem um ninho de graveto
Tem garrancho de jurema
Tem pau branco, tem pau preto
Tem lenha que dá pra facho
Tem vara que dá espeto.

Uma grita, outra responde
Uma baixa, outra também
Parece mulher pilando
Pro mode fazer xerém
Subindo e descendo as asas
Como o seio do meu bem.

Eu nunca vi desafio
Mais bonito, mais iguá
Duas casacas de couro
Quando começa a cantar
Parece dois violeiros
Num galope à beira-mar.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

SABEDORIA



"A flor diz: “Olho para cima a fim de ver a luz e não a minha sombra.” Este é o aspecto da sabedoria que o homem ainda não aprendeu."
          
Khalil Gibran.


quarta-feira, 25 de julho de 2012

AZIZ AB' SÁBER NOS INSELBERGS DE QUIXADÁ.

Essa foto da Quixadá antiga ( década de 60 ou 70) é de autoria do grande Geográfo Aziz Ab' Sáber, um Homem que conhecia o Brasil, com eu conheço o quintal da minha casa.

terça-feira, 24 de julho de 2012

CORRUPTO TEM VOZ, VEZ E BIS

CHARGE DO DIÁRIO DO NORDSTE 24/07/12

O Meu País

Zé Ramalho

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que crianças elimina
Que não ouve o clamor dos esquecidos
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina
Que permite um estupro em cada esquina
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país

Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país

Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país

Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país

Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo

segunda-feira, 23 de julho de 2012

sexta-feira, 20 de julho de 2012

CANDIDATOS DO BARULHO

Charge do diário do nordeste 20/07/12


Todo ano de eleição, seja municipal, ou estadual, a história se repete: Muito barulho e pouca proposta. Falta à maioria dos candidatos, o mínimo de bom senso.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

ENQUANTO ISSO... EM BRASILIA

CHARGE DO DIÁRIO DO NORDESTE  12/07/12

O senador Demóstenes Torres não era o defensor da ética e da moral no Congresso? Não era quem  desferia ataques veementes contra seus opositores, levando os ingênuos telespectadores da rede globo acreditarem que alí estava um Homem de bem?
A verdade é que existem apenas dois tipos de políticos: Os que estão no poder e os que querem lá chegar. 


quarta-feira, 4 de julho de 2012

PIG


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo,
 jornais conservadores, 
de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, 
e uma única rede de
 televisão têm a importância que têm no Brasil. 
Eles se transformaram
 num partido político – o PIG, Partido da Imprensa Golpista.

PAULO HENRIQUE AMORIM 
 Navalha